segunda-feira, fevereiro 02, 2004

Estou feliz! E quero repartir com vocês o motivo dessa minha felicidade...

No sábado recebi um cartão de uma amiga (oi Denise!). É muito legal abrir a caixinha do correio e receber alguma coisa que não seja uma conta para pagar! Respondi o cartão imediatamente. Logo em seguida, tínhamos de sair para fazer compras e eu fui me trocar, ainda com meus pensamentos na Denise. Acontece que, vejam como a cabeça faz associações, o sobrenome dela é Scalon, que, por acaso, é a marca de uma calça jeans que eu tenho. E aí, sempre lembrando da Denise, abri o armário, vi a calça, ela olhou pra mim e eu pensei... Por que não? Eu já tinha ensaiado umas tentativas de vestir uma calça jeans, mas os resultados tinham sido catastróficos. Me enchi de coragem e peguei a danada.

Comecei devagar. Ela foi subindo, subindo... O quadril foi uma dificuldade, mas eu já esperava por isso! Foi por ali que as coisas começaram a complicar. Fui espremendo, espremendo... Entrou! Claro que eu ainda tinha duas batalhas: o botão e o zíper, mas não dá pra negar que vencer a primeira etapa me encheu de coragem. Primeiro o botão. Respirei fundo. Fundo mesmo e... Fechou! Segunda batalha vencida! A coragem foi aumentando. Agora o zíper. Tomei fôlego e... não deu. Mais uma vez e... não deu. Pensam que eu desisti? Não! As duas primeiras contendas ganhas me deram uma esperança que eu já não tinha. Me estiquei em cima da cama, respirei mais fundo ainda (não achei que isso fosse possível) e... Fechou! Tudo bem, agora eu tinha de levantar, pôr sapato, essas coisas...

Levantei. Foi aí que eu notei que tudo o que eu tinha espremido de baixo para cima estava saindo (ou seria melhor dizer caindo) por sobre o cós. Foi meio chato, mas eu estava decidida a não baixar o moral da tropa. Escolhi uma blusa bem larguinha e saí.

Na verdade, eu não conseguia respirar muito bem. Um detalhe sem importância... Parece que os movimentos das pernas estavam meio, como eu posso dizer, robóticos. Elas estavam meio duras, sabe? Ignorei. É verdade também que eu não me senti muito à vontade quando tive de sentar no carro. Mais uma questão insignificante. O problema mesmo veio durante as compras...

Como vocês sabem, pra ter leite uma vaca tem de comer bem e tomar muita água. Isso eu aprendi com meu sogro nesses quase 10 anos de convívio. É claro que a gente não precisa se entupir de chocolate, canjica com leite condensado e coisas do gênero. Cheguei à essa conclusão a duras penas depois que o Felipe nasceu. Mas uma boa alimentação é fundamental. E água, muita água. O problema é que a água, além de leite, também faz os rins funcionarem que é uma beleza. Estão acompanhando meu raciocínio?

Lá pela metade das compras começou a me dar uma vontade louca de ir ao banheiro. Eu quase falei pro Vidal "Güentaí que eu já volto!", mas, nem bem as palavras chegaram à minha boca e meu cérebro, mais do que alerta, sinalizou: "Opa! Você já esteve naquele banheiro! E lá não tem uma cama!! Como é que você vai fechar a calça depois?!!!". Dei meia volta e, resignada, terminei minhas comprinhas. Acelerei o ritmo, é verdade. O Felipe teve um pouco de dificuldade para me acompanhar. Ficou meio ofegante. Pra Ana Luíza foi mais fácil, o Vidal estava empurrando o carrinho dela. Só espero que ela não tenha ficado muito enjoada...

O que importa em tudo isso é o marco zero! Pra colocar uma calça jeans depois do nascimento do Felipe eu levei uns seis meses. Eu usei calças com zíper antes disso, é claro. Mas naquela época eu tinha um salário que me permitia sair e comprar calças do meu tamanho. Agora a coisa é diferente: meu tamanho é que tem de se ajustar às minhas calças. Vejam que tudo na vida tem seu lado bom...

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