terça-feira, setembro 21, 2004

"Quem tem boca vai a Roma", já diz o velho ditado. Tudo bem, a gente não foi a Roma, mas foi a Bordeaux e acabou pagando o dobro do que tinha sido reservado pelo hotel. Essa parte da história vocês já conhecem. O que vocês ainda não sabem é que fizemos uma reclamação por escrito para a administração da rede de hotéis e não é que deu certo? Ontem tivemos a agradável surpresa de abrir nossa correspondência e encontrar, não uma conta para pagar, que é o mais comum, mas sim um cheque!

A gente reclama de várias coisas daqui, mas está aí algo de que vamos sentir saudades. Não precisa um código de defesa do consumidor, nem um PROCON. Se sentiu lesado? Faça uma reclamação e pronto. Geralmente o problema se resolve. Claro que nem tudo são flores por aqui, como podemos ver num programa de televisão ao qual assistimos de vez em quando. O que o programa faz é tentar resolver problemas (graves) que as pessoas tenham com prestadores de serviço, maus pagadores, pai que seqüestra filho e outros barracos do gênero. No nosso caso, tudo correu bem!

Mais algumas notícias curtinhas para vocês...

Desde o início do mês, tenho três dias de alvará de soltura durante a semana! O Felipe está na escola, a Ana Luíza está na casa de uma senhora que cuida dela, o Vidal na universidade e eu... enfim comecei um curso de patchwork! Vocês não imaginam como estou contente! Estava realmente sentindo falta de poder fazer alguma coisa diferente, de poder andar pela rua sem me preocupar em cuidar de uma criança (ou de duas!). As aulas de patchwork acontecem às terças-feiras, a cada 15 dias. Uma vez por mês existe uma aula especial de um dia inteiro. A professora é muito legal e eu até já publiquei um pequeno texto falando sobre o patchwork no Brasil num jornalzinho que ela distribui para as suas alunas. Já estou escrevendo em francês, vejam só! A Academia Brasileira de Letras que me aguarde!

Além de poder fazer patchwork, esses dias livres servem pra eu poder colocar a vida em dia. Hoje, por exemplo, saí de casa para resolver cinco coisas: depositar o cheque que recebemos do hotel, comprar umas linhas para terminar um bordado, consertar a pulseira do meu relógio, pegar o programa do museu de Nantes e buscar nossas passagens para ir ao Brasil no fim do ano (era uma surpresa, mas acho que todo mundo já sabe mesmo!). Muito bem. Não pude fazer o depósito porque o banco estava em greve (só por hoje!); não pude comprar as linhas porque eles tinham todas as cores, menos as duas únicas de que eu precisava; não pude consertar a pulseira, porque ela não tem conserto; não pude pegar o programa do museu porque hoje estava fechado (todo museu que eu conheço fecha na segunda-feira, menos o de Nantes!); não pude pegar nossas passagens porque teve um problema qualquer no valor da taxa de embarque e depois de esperar uma hora, descobri que tenho de ligar para a agência de viagens e saber o que foi que eles fizeram! Como vocês podem ver, um dia super produtivo!!! E eu ainda estou de bom humor?! Que coisa!

Eu não disse que achava que o próximo ano seria mais fácil?

Antes de dizer tchau, quero colocar umas fotos aqui para vocês verem como andam meus pimpolhos!

Não que eu seja coruja, otimista, ingênua, nada disso! Mas tenho certeza de que eles se dão super bem e de que adoram estar juntos:




Mais uma:



Ela já está engatinhando pela casa toda! Quer dizer, engatinhando não é bem o termo. Ela se arrasta por tudo como aqueles soldados que aparecem fazendo exercícios de guerra e que têm de passar por baixo de fios esticados bem próximo do chão. É engraçado de ver. Ela só usa o braço esquerdo pra se deslocar, então agora ela tem o costume de segurar alguma coisa na mão direita e levantar o braço bem alto enquanto vai de um lado para o outro, como se estivesse segurando uma bandeira. Aos poucos ela está descobrindo a posição de quatro. O que é uma pena... Desse jeito, arrastando a barriguinha no chão, eu já estava tendo a idéia de amarrar um paninho com cera nela, assim ela já podia começar a me ajudar com a limpeza!

É brincadeira, viu?

Nos últimos dias ela começou a se apoiar de joelho, numa tentativa de ficar de pé:



O Felipe está todo orgulhoso porque agora ele tem cinco anos! No dia do aniversário ele pôde escolher seus presentes e olha só o que ele quis:



Os equipamentos de segurança foram exigência minha! Mas com o tempo maravilhoso que vai começar a fazer aqui ele vai ter bem pouca chance de se exercitar lá fora. Independente disso, ele brinca bastante na escola! Tanto que costuma chegar super cansado:


E por falar em tempo ruim... Já começamos a preparar o guarda-roupa de inverno. Pelo menos para a Ana Luíza. Olha só que fofa:

Ela está com uma expressão meio contrariada porque nesse dia estava um calor de matar. Coitadas das crianças! O que os pais não as obrigam a fazer...

Bem, por hoje é só! Até a próxima!

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