sexta-feira, novembro 25, 2005

Iuhuuuuu!!!! Tem alguém aí?

Por aqui ainda tem! Apesar de não parecer...

Depois de bastante tempo, algumas notícias rápidas!

Dia 15 de outubro, infelizmente, não foi dia de brigadeiro aqui em casa! A resposta que esperávamos não veio, daí eles adiaram pra 24 de outubro, e no dia 26 escreveram dizendo que o artigo tinha sido recusado. Descobrimos que doutorado, como o futebol, também é uma caixinha de surpresa, um dia a gente ganha, no outro a gente perde... Fazer o que, né?

Agora esperamos uma outra reposta para... HOJE! Será que vai ter brigadeiro aqui em casa?

Gostaria de agradecer aos meus comentadores de plantão pela assiduidade a esse blog! Vocês são mais assíduos do que eu!!! Saibam que ficamos MUITO contentes com a presença de vocês...

Também queria agradecer aos e-mails, cartões, telefonemas e presentes que recebi no meu aniversário. Quem não mandou nada, agradeço os bons pensamentos que tiveram no dia. A quem não teve nem bom pensamento porque esqueceu mesmo, ou nem sabia, agradeço os bons pensamentos que estão tendo agora!

Falando no meu aniversário...

Desde muito tempo eu tenho um desejo: sentar numa mesinha de café aqui na França e tomar um café lendo um livro. Isso é uma coisa que eu sempre quis fazer, só que nunca achava um dia. Como era meu aniversário, resolvi me dar esse presente. Era terça-feira e eu estava sozinha (Felipe na escola, Ana Luíza na babá e Vidal viajando...). Fui pro centro de Nantes com um livro na bolsa, decidida a tomar o tão famoso café!

O dia estava horrível. Claro. Não é que eu seja pessimista, muito pelo contrário. Mas há vários anos eu venho comprovando essa teoria quase científica já: no dia 18 de outubro, seja qual for o lugar em que eu esteja no mundo, vai chover! Não sei porque a chuva me persegue, mas sempre que tem uma data especial pra mim, chove. A roupa da minha sogra toda respingada de água nas fotos do dia do meu casamento comprova o verdadeiro dilúvio que caiu naquele dia. O detalhe é que em seguida foram dois meses de seca! No aniversário de um ano do Felipe, idem. Aniversário de um ano da Ana Luíza, no ano passado, a mesma coisa. Apesar de ser 26 de dezembro fazia um frio inacreditável para pleno verão. E tinha chovido a cântaros nos dias anteriores. Por isso, se alguém aí estiver com problemas de seca, é só me chamar pra comemorar alguma data importante. A nuvem me acompanha, pode deixar!

Naquele dia não estava chovendo de verdade. Mas estava nublado, frio, um horror. Eu não me deixei abater. Fui até a praça do Commerce, a mais central de Nantes, e escolhi o café. Me decidi por um cujas mesinhas tinham enormes guarda-sóis em cima. Afinal, era meu aniversário e embora não estivesse chovendo, não quis arriscar. E eram guarda-sóis enormes. Mesmo que caíssem algumas gotas, não ia estragar minha comemoração particular.

Tinha só mais duas mesas ocupadas. Nem mesmo os franceses se animaram a lagartear preguiçosamente num café no centro da cidade num dia daqueles...

O garçom chegou e pedi um café com leite. Peguei meu livro e me preparei para realizar um sonho antigo. Logo o garçom trouxe o café, eu paguei e comecei a ler... Nesse momento, começou a chover. Eu nem me espantei, afinal, era meu aniversário, né? Pode faltar tudo: cartão, telefonema, presente, bolo, brigadeiro, mas chuva, jamais! Nem liguei pra ela. Como estava abrigada pelo guarda-solzão, que naquele dia estava servindo de guarda-chuvão, continuei saboreando meu café e meu livro. A chuva aumentou e eu pensei: "Que bom. Faz meses que está uma seca danada por aqui, racionamento de água e tudo o mais. Estava precisando mesmo de uma chuvinha." Aliás, eu até devia ter ligado para o serviço de meteorologia para deixá-los descansados. "Dia 18 de outubro está chegando, gente, e eu estou na França, a chuva já vem..."

Continuei lendo. E a chuva aumentando. As mesas vizinhas ficaram vazias, fiquei só eu no café. E a chuva aumentando. Eu encolhi as pernas. E a chuva aumentando. Apesar de estar embaixo do guarda-sol, tive de vestir o capuz da jaqueta impermeável que eu estava usando porque a água respingava nas cadeiras e, pior, na mesa em que eu estava. E a chuva aumentando. Respingou tanto em cima da mesa que começou a escorrer para o lado que eu estava (mesa na calçada, chão irregular, tampo inclinado pro meu lado...). Eu segurava o livro com uma mão e, com a outra, o capuz da jaqueta que insistia em voar com o vento que fazia (sim! Chuva de vento!). Com o joelho eu erguia o tampo da mesa pra água não escorrer em cima de mim, apesar de eu já estar com a barra da calça encharcada de tanto que chovia. Não dava pra enxergar nada! Desisti do livro e fiquei empurrando as cadeiras vizinhas pra evitar os respingos de água, enquanto mantinha a mesa erguida com o joelho. Não tinha uma única viva alma na praça! Só eu naquela situação ridícula. E não podia nem sair dali porque, mal ou bem, tinha aquele guarda-sol que protegia um pouco do dilúvio.

Enfim, a tempestade foi diminuindo, diminuindo. Durou uns 15 minutos. Exatamente o tempo que eu reservei pra tomar um café, tranqüilamente sentada numa mesinha na calçada...

Ingenuidade minha né? Quem mandou fazer isso num 18 de outubro?

Podem ficar sossegados que ainda tenho um tempo por aqui pra realizar esse sonho. Só não vou escolher de novo, o dia do meu aniversário!


Até a próxima!

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