terça-feira, setembro 13, 2005

Dois anos... Na verdade, foram dois anos no dia 10, mas eu não consegui publicar nada exatamente no dia. O que me fez pensar que o que caracterizou esse nosso segundo ano por aqui foi justamente ter menos tempo...

O primeiro ano foi o das descobertas, o segundo, o das rotinas. Só que rotina aqui não tem nada do sentido ruim que muita gente dá pra palavra, ao contrário. Estabelecemos uma rotina pra cada um de nós, e passamos a viver mais tranqüilos, embora com menos tempo. Parece estranho isso, né? Mas a verdade é que justamente o fato de ter uma rotina estabelecida, não nos deixa espaços vagos no tempo e, com isso, nos sentimos seguros.

Rotina e segurança são as palavras que definem essa segunda parte da nossa vida fora de casa...

Depois dos altos e baixos do primeiro ano, atingimos a calmaria, o que não quer dizer, necessariamente, menos sofrimento. O ano que passou foi complicado, especialmente no que diz respeito ao trabalho do Vidal. Passamos por momentos realmente muito difíceis quando chegamos de volta do Brasil. Momentos que eu não gosto nem de lembrar, coisas que nos fizeram duvidar de que conseguiríamos levar tudo isso até o fim.

Falávamos tanto no assunto aqui em casa que um dia o Felipe chegou pra gente e perguntou : "O que é peer-to-peer?" (é um dos assuntos da tese do Vidal). Foi aí que percebemos o quanto esse tema era presente nas nossas conversas.

Não quero descrever em detalhes o que aconteceu nesse período! Isso vai ser assunto para uma mesa de churrasco ou uma roda de chimarrão, principalmente porque já passou. Felizmente. Claro que ainda faltam as aceitações das publicações do Vidal. Sem isso não vai dar pra sentir que realmente tudo vai super bem. Mas temos a esperança (sempre ela!) de que tudo vai entrar nos eixos, já que o Vidal trabalhou MUITO nesse segundo ano. E quando eu digo muito, quero dizer muito MESMO. Perdi a conta de quantas madrugadas e finais de semana em seqüência ele trabalhou. E sei que todo esse trabalho vai ser recompensado... Depois de amanhã temos mais uma resposta de congresso. Se o trabalho for aceito, vamos ter a confirmação de que todo o retorno está chegando.

Se for pra fazer uma comparação, podemos dizer que o primeiro ano foi pra arar a terra, o segundo ano foi para plantar, e o terceiro, esperamos, vai ser para colher! O otimismo e a esperança não nos abandonam jamais!

Agora o nosso espírito começa já a se preparar para a volta. A verdade é que desde o dia em que chegamos começamos a falar da partida, a prever e a planejar como faremos. Esse planejamento (às vezes excessivo, é bom reconhecer) faz parte de nós, não tem jeito. Mas o que vocês esperavam de duas pessoas da área de Informática? Chega a ser irritante de tão planejadinho! É por isso que eu estudo Letras: pra ver se coloco um pouco de desordem nos nossos planejamentos (porque na casa não precisa, a Ana Luíza se encarrega sozinha da tarefa! É um verdadeiro furacão!).

Só que, ao falar da partida, já prevemos um outro problema que é, exatamente, a partida. Vai ser muito duro deixar pra trás as pessoas que conhecemos. Quando saímos daí, foi difícil, foi doído. Mas sabíamos que íamos voltar. Agora, vamos deixar uma parte de nós por aqui, mas sabendo que a volta... talvez não aconteça. Esperamos que haja uma invasão francesa no Brasil, tantas foram as pessoas que convidamos pra nos visitar. Mas mesmo que as visitas aconteçam de ambos os lados, sabemos que não é como viver na mesma cidade.

Quando decidimos vir, esse não foi um detalhe que planejamos: a separação. E ela é dura. Faz parte da vida, sabemos disso. Mas nem por isso, ela é menos doída.
Ei! Sem ciúmes por aí, hein? Aqui temos todos coração de mãe: cabe ainda muito mais gente!!!

Agora temos diante de nós um terceiro, e último, ano. Na verdade, nem é um ano... São só 10 meses. E sabemos que eles vão voar. Em pouco tempo estaremos de volta pra recomeçar de onde paramos. Diferentes, mudados (pra melhor, eu imagino) e, certamente, crescidos. E com muitas histórias pra contar!

Que venha o último ano!

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